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VEXAME INTERNACIONAL

por Enio Meneghetti (www.eniomeneghetti.com)

A revista francesa FRANCE FOOTBALL - www.francefootball.com - publicou na semana que passou reportagem sobre a Copa no Brasil. O título da matéria “Peur sur le Mondial”, pode ser traduzido como “Medo do Mundial”.

O conteúdo da matéria é de fazer corar de vergonha qualquer um que tenha o mínimo conhecimento do que ocorre atualmente no Brasil. A reportagem aponta o mesmo engodo que muitos brasileiros engoliram: “Atingido por uma crise econômica e social, o Brasil está longe de ser aquele paraíso imaginado pela FIFA para organizar uma Copa do Mundo. Para a FIFA a Copa no Brasil passou a ser fonte de angústia”.  

Alguns fatos que a reportagem de 12 páginas aborda:

- Foi o Brasil que procurou a FIFA e fez a proposta de sediar a Copa;

- Tudo no país se desenvolve a base de propinas;

- Membros do alto escalão do governo Lula estão presos por corrupção. Mesmo assim, artistas e grande parte da população pregam que eles são inocentes e fazem campanhas para recolher dinheiro para eles;

- Tudo o que está errado no Brasil é “culpa da FIFA”. Antes a culpa era dos EUA. Portugal já foi culpado também. Mas a culpa nunca é dos brasileiros;
- A carga tributária do Brasil é maior que a da França. Mas os serviços públicos são péssimos, do nível do Congo;

- O Brasileiro dá mais importância ao futebol do que à política;

- A FIFA busca não associar-se a ditaduras. Excluiu a África do Sul na época do Apartheid, recusou a candidatura da China, mas aceitou a proposta do Brasil para sede da Copa, mesmo o país flertando com ditaduras;

- O Brasil foi o país que teve mais tempo para preparar o mundial: sete anos. Mesmo assim, o cronograma está totalmente atrasado;

- Jérome Valcke, secretário geral da FIFA, criticou os atrasos. O governo brasileiro simplesmente recusou-se a continuar tratando com ele;

- A África do Sul teve cinco anos de prazo e terminou com antecedência. A França teve apenas três anos. Há três meses da Copa, o Brasil ainda está longe do término das obras;

- O custo de cada estádio no Brasil em média é de mais de 500 milhões de euros. O dinheiro sai do bolso do Brasileiro. Tudo é financiado com recursos públicos. Na França tudo foi financiado com recursos privados;

- Em Brasília está sendo construindo um Estádio para 68.000 pessoas. Mas o time local está na quarta divisão e tem média de público de 600 pagantes;
- Em São Paulo há dois grandes estádios, Morumbi e Pacaembú. Ao invés de reformá-los, construíram um 3o. estádio, o Itaquerão, a 23km do centro da cidade, sem metrô até lá. Isso para satisfazer o ex-presidente Lula, torcedor do Corinthians. Lula empenhou-se pessoalmente para que construíssem este estádio – de seu clube - em vez de reformar um dos outros dois já existentes. Lula é amigo de Marcelo Bahia, Diretor da Odebrecht, vencedora da licitação. Uma reforma dos outros dois estádios custaria menos de 100 milhões de Euros. O novo estádio foi orçado em 300 milhões de euros, mas já passou de 500 milhões. Um dos mais caros da história da humanidade. Lula e Marcelo são constantemente vistos em caríssimos restaurantes de Paris, tomando bons vinhos franceses;

O Brasil é autossuficiente em petróleo e está ao lado de países da OPEP, como Venezuela e Equador. Mas a gasolina é uma das mais caras do mundo, de péssima qualidade, misturada com etanol e solvente de borracha;

- O brasileiro defende o monopólio do petróleo. É o único país do mundo onde os consumidores acham que o monopólio é bom para o consumidor;

- Um hotel em São Paulo custa em média 40% mais do que se hospedar em um hotel equivalente em Paris;

- O Brasil adotou um sistema de tomadas elétricas que só existe lá, gerando um custo de milhões para os consumidores e lucros fabulosos para empresas do setor. Leve um adaptador de tomadas;

A reportagem conclui: “UMA VERGONHA INTERNACIONAL mas o brasileiro está muito feliz de ser pentacampeão de futebol. Nos corredores da FIFA já se admite que foi o maior erro da história da Instituição eleger o Brasil como sede”.

Dá para discordar?

 

A BOA INFIDELIDADE

por Jackson Busato

É comum é que nos acostumemos a comprar no supermercado perto de casa, no açougue do conhecido, na loja que nos ofereceu um cartão, enfim, nos tornamos fiéis, seja por marketing, preguiça ou hábito. Para ser um bom comprador, o segredo é a infidelidade. Correr atrás de preços é uma obrigação extremamente saudável para o bolso. Temos sempre que estar de olho no mercado. São muitas as estratégias que as lojas utilizam para atrair clientes e entre elas estão as ofertas, e é aí que podemos tirar algum proveito. As lojas e supermercados colocam em oferta alguns produtos de consumo de massa, que quase todas as pessoas utilizam, atraindo o maior número de clientes para que consumam, juntamente com as ofertas, aqueles produtos que lhes dão mais lucro, de maior valor. Quando o estoque de um produto é muito grande e o prazo de validade se aproxima, vai para a oferta. É preciso cuidado para não comprar além do que vai consumir até esgotar-se o prazo de validade. Um preço atrativo pode ter origem em outras circunstâncias, até mesmo ilícitas, como sonegação fiscal, dumping (vender abaixo do custo para quebrar o concorrente), contrabando, roubo de cargas. Outras lícitas como, por exemplo, decorrente de uma estratégia de ampliação de mercado de uma marca ou um ponto de venda onde fabricante e varejista se associam num plano de marketing. Tem um limite para e estratégia de venda. É preciso ficar de olho, porque milagres não existem, pelo menos nesse ramo. Contribuir para a pirataria pode dar muita dor de cabeça, mas pior do que isso, é que ao comprarmos esses materiais, estamos matando o futuro econômico de nossos filhos, enriquecendo bandidos, desempregando pessoas honestas, alimentando a violência, dando poder às máfias, criando barreiras ao Brasil no comércio internacional, financiando o tráfico, além de levar porcaria para dentro de casa. Tudo isso é o que fazemos ao comprar um CD ou um DVD no camelô, que em razão da péssima qualidade do produto, pode avariar o leitor ótico do aparelho.

Do que podemos nos utilizar para pesquisar preços?

Nos anúncios de jornais todos os dias aparecem as ofertas do dia de uma loja ou outra de supermercados, ou panfletos que são distribuídos nas portas das lojas. Com o tempo ficamos sabendo o melhor dia de comprar, já que muitos obedecem a uma rotina que é acompanhada e replicada pelo concorrente, porém em dias alternados.

Rádio e televisão bombardeiam ofertas o dia inteiro. É só ir juntando informações para quando chegar a hora de comprarmos o que precisamos, sabermos aonde ir. A verdade é que esse bombardeio, com o tempo, vai deixando-nos insensíveis aos apelos. Simplesmente ficamos cegos e surdos à propaganda em razão da poluição visual e auditiva e da nossa incapacidade de absorver tanta informação. Daí a briga nos meios publicitários em busca de originalidade, algo que chame a atenção do consumidor. Por isso é preciso treinar a atenção para triar o que interessa.

Os Classificados são um excelente meio de situar-se a respeito dos preços de muitos bens, principalmente para usados. Não serve para bens de consumo, mas serve para uma gama enorme de bens e serviços de maior ou menor valor, dando um bom respaldo em função do comparativo em cima das inúmeras ofertas. Quando não encontramos alguma coisa nos classificados, é possível que ali esteja uma boa dica para iniciar um negócio. Sinal que alguma coisa está faltando no mercado.

Cartões de lojas são muito práticos, mas lembre-se que eles servem para acomodá-lo àquele fornecedor, capturar sua fidelidade e tirar-lhe a maior arma de comprador que é a pesquisa de preço e a pechincha. O cartão retira esse poder do consumidor. Viva a infidelidade!

 

VENEZUALIZAÇÃO

por Enio Meneghetti (www.eniomeneghetti.com)

Embora possa parecer um problema restrito a Porto Alegre, é bastante sintomático o que se viu até agora na greve dos rodoviários.

Centrais adversárias levam a disputa de poder dentro de um sindicato ao desrespeito de um acordo firmado no âmbito do Judiciário. Partidos da extrema esquerda mobilizam e radicalizam os grevistas nos bastidores. O governo estadual representado pelo senhor Tarso Genro recusa o pedido da prefeitura municipal do uso da Brigada Militar para garantir a circulação dos ônibus que atenderiam à população que segue desassistida. Depredações, desobediência civil.

O quadro alarmante pode ser colocado ao lado do que se vê no restante do país.

O dinheiro jogado fora com despesas além da conta para fazer estádios. Manifestações contra a copa num país de fanáticos por futebol, o que seria difícil de imaginar alguns anos atrás.

A inflação crescente com evidentes sinais de descontrole. Sintomas de bolha de crédito. Descontrole de gastos com a péssima gestão das contas públicas. Déficit nominal. Carga tributária cada vez mais alta.

Eterna tentativa de controle do Congresso via cofres públicos e distribuição de cargos no executivo. Controle das eleições por meio dos bolsas-miséria.

O aumento descontrolado da violência nas regiões metropolitanas. Crise econômica gerando maior custo de vida e descontentamento individual. Esgotamento do modelo político e econômico. Cenário de instabilidade, radicalização e cada vez mais corrupção.

A lembrança das várias obras prometidas que não saíram do papel.

Os investimentos na infraestrutura carente que não foram feitos enquanto o país torra dinheiro no exterior com gastos absurdos em viagens oficiais e obras que nenhum retorno trarão, como o porto cubano.

Investidores externos fogem de um Brasil caro, corrupto, politicamente subdesenvolvido e ineficiente para produzir e crescer de verdade.

Pessimismo? Onde tudo isso irá parar?

Dilma Rousseff tentará resistir às pressões programadas para infernizar sua pretensão de reeleição amparada pelos estimados US$ 2 bilhões que o esquema já conseguiu arrecadar para torrar em 2014.

Será o tórrido verão prenúncio de um ano “quente” inverno adentro?

Quem viver verá.

 

LOROTAS

por Enio Meneghetti (www.eniomeneghetti.com)

Depois de três anos esnobando o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Dilma Rousseff finalmente debutou no evento justamente no momento em que as notícias sobre as dificuldades econômicas de seu governo começam a se avolumar.

Em Davos Dilma procurou seduzir o capital reunido afirmando a importância das parcerias com os investimentos privados. É uma pena que não tenha feito isso já no primeiro ano de seu governo.

Desde que tomou posse, Dilma pareceu mais interessada em criar ministérios e distribuir dinheiro a rodo, seja para sua dispendiosa base aliada ou enterrar dinheiro obras de infraestrutura financiadas pelo BNDES em Cuba ou países africanos como Angola ou Moçambique.

Nada contra a filantropia, desde que aqui mesmo no Brasil não houvesse carência do mesmo tipo de investimento. Estamos carecas de saber que temos um Brasil abundante em infraestrutura por fazer. Estradas, portos, metrôs, hospitais, escolas, enfim, tudo isso constitui um pequeno resumo de nossas carências.

Assim, depois de pintar o quadro mais otimista que pode em Davos, o destino de nossa governanta maior foi Cuba, onde junto ao ditador Raul Castro, Dilma inaugurou o porto cubano de Mariel - um empreendimento no qual o BNDES já enterrou US$ 682 milhões nos últimos três anos, equivalentes a 71% do total de investimentos no porto cubano.

Não se sabe muito mais sobre o investimento feito na ilha dos irmãos Castro, afora que os pagamentos (?!?) deverão começar em 2017. Porque assim como nos negócios feitos com Angola, o governo decidiu que  até 2027 as bases do acordo são secretas. Sim, o contribuinte brasileiro não tem o direito de saber como o governo gasta - o seu, o meu, o nosso - dinheiro através do BNDES.

Como se isso não fosse o bastante para constranger quem tenha um mínimo de vergonha na cara, na volta da Suiça, a comitiva presidencial resolveu dar uma paradinha secreta de dois dias em Lisboa, onde ocuparam acomodações nos dois hotéis mais caros da capital lusitana: O Ritz e o Tivoli. A suíte de Dilma no Ritz tem como diária a bagatela de 8 mil euros. Já os 25 apartamentos do Tivoli, não se sabe ao certo quanto custaram.

Como a esbórnia de fim de semana vazou e pegou mal, o governo apressou-se a dizer que se tratava de “uma escala técnica”, para reabastecimento do avião presidencial.  A desculpa esfarrapada era de que o avião presidencial não teria autonomia para ir direto da Suíça para Cuba.

 

Bem, a distância entre Zurique e Havana de 8.199 quilômetros. Só que, como bem flagrou o “Alerta Total”,  na página oficial da Aeronáutica consta que o Airbus A319 Corporate Jetliner - A319CJ –, usado pela Presidência da República – mais conhecido como “Aerolula” - é uma aeronave transcontinental, com autonomia de voo de até 11 mil quilômetros, dependendo do número de passageiros:

 

"Com sua elevada autonomia de voo, maior que a do A319 comum operado pela TAM, elimina muitas escalas técnicas para abastecimento. Permite voos de Brasília a Paris, a Nova York, a Quebec ou a Washington, sem escalas. Assim, demanda da FAB reduzido apoio logístico".

O que mais será que nos contaram errado?

NEUROECONOMIA

por Jackson Busato

Cada vez mais procuramos os motivos que nos levam tomar determinadas decisões e atitudes na nossa vida, de uma maneira geral. Na área econômica, mais do que especular, investiga-se o comportamento do homus economicus há séculos. Muito do que se sabe é resultado de estudos empíricos, ou seja, da observação ao longo de décadas e convertidas em gráficos, tabelas, equações, modelos, muitas vezes falhos geniais e em outras, falhos. Atualmente usa-se tomógrafos. Imagino que se coloque muito dinheiro nessas pesquisas, pois elas têm a função de desvendar os mistérios do comportamento humano frente às decisões econômicas, do tipo onde gastar, onde investir, quando, como e por quê. Quando tiverem algumas respostas, darão um dinheirão. Esta nova ciência, a neuroeconomia, cujos estudos determinam, a formação de uma equipe multidisciplinar na sua realização, incluindo economistas, psicólogos, médicos e outros que se atrevam, procura através da ressonância magnética mapear as atividades cerebrais durante exercícios e jogos econômicos especialmente criados para este fim. É possível saber, pelo menos teoricamente, qual a atitude presumível terá alguém quando sabemos que parte do cérebro ela utiliza naquele momento. Por exemplo: situações de curto prazo, valores imediatos, seja um dinheiro a receber imediatamente ou um bem desejado, ativam ou processam-se no sistema límbico, que comanda a emoção. O longo prazo, como investimentos, pagamentos futuros são processados no córtex pré-frontal, que é mais identificado à razão e ao cálculo. Isso imediatamente nos remete ao crédito que é nada além de uma armadilha cerebral. A decisão da compra é feita com base no julgamento do sistema límbico. Temos a recompensa imediata (o bem) e o ônus (o pagamento) é adiado, o que o sistema não reconhece. É como se o cérebro dissesse: Essa parte não é comigo. Passa no caixa amanhã.

Outro ponto fundamental que as pesquisas demonstram diz respeito à diferença de percepção do valor no tempo. Se for oferecido a uma pessoa R$ 1.000,00 hoje ou R$ 1.200,00 daqui a uma semana, é muito forte a probabilidade que ela escolha a primeira opção. Se for feita a oferta das mesmas quantias para daqui a um ano e um ano e uma semana, respectivamente, a pessoa reage com indiferença.

Estes estudos demonstraram que o ganhar e o perder ativam partes diferentes do cérebro. Em outras palavras, descobriu-se que ganhar uma determinada quantia em dinheiro não repõe uma perda do mesmo valor, ao menos psicologicamente. Mostrou que uma modificação no padrão de vida pode ser especialmente desagradável. Ser um novo pobre é uma coisa realmente desestabilizadora emocionalmente. Os valores envolvidos têm grande importância. As reações diferem quando aumentam ou diminuem as quantias, reagindo de forma distinta, o cérebro. A expectativa de ganhar ou perder é de suma importância. Nos jogos econômicos que necessitava da avaliação em relação à confiança e fraude, onde um jogador tenta fazer a melhor jogada e antecipar a jogada do adversário, as duas áreas do cérebro atuam em colaboração, coordenadas.

Esses estudos querem chegar no ponto de descobrir como age o cérebro na hora de tomar decisões de investir, como ele escolhe determinados ativos em detrimento de outros, quais e por que escolheu tais ações em vez de outras. Deixaremos de ser um mistério econômico? Seremos previsíveis e supostamente controláveis? Em primeiro lugar os estudos estão no início, como tudo que diz respeito ao cérebro. Depois, mesmo que apontem em determinada direção, nossas individualidades, aliá como sempre, não deixarão de estragar esta homogeneização esperada do comportamento. Nós sempre estragamos este tipo de festa. As pesquisas, no entanto, tem extremo valor como instrumento de uma ciência humana e sua função de nos conhecer melhor.

ESTADO TOTALITÁRIO

por Enio Meneghetti ( www.eniomeneghetti.com )

Depois de muito esforço, finalmente consegui adquirir um exemplar do livro "Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado" de Romeu Tuma Junior. Livro que já havia mencionado em um artigo anterior, intitulado  “Teflon”. 

As inconfidências registradas na obra são tantas que não posso classificar como leitura das mais agradáveis. Realmente é lamentável que no centro do poder de nosso país, coisas como as descritas possam ter ocorrido.

Em meio às muitas críticas que o autor faz da tentativa de criação de um verdadeiro estado policial, com vistas a manter sob vigilância os adversários do governo,  o mais surpreendente, pela sua aparente inocência,  nos é apresentado no Capítulo 5, intitulado “O projeto de poder do PT de Lula”, no item 2. – “Registro de Identidade Civil”, que resumo a seguir (página 94 e seguintes do livro):

“Um clique para ter controle de todo o Brasil: sonho de Márcio Thomaz Bastos – que eu recusei viabilizar na Secretaria Nacional de Justiça”.

 

O problema apontado envolveria a implantação da nova carteira identidade nacional, um cartão magnético que reuniria quatro documentos em um só, num investimento previsto de R$ 1,5 bilhão.

 

A questão, segundo o autor, seria: “Com a manobra eles tentavam criar um banco de dados único nacional, pelo qual você teria o RG, passaporte, CPF,certidão de nascimento, título de eleitor, tudo no mesmo documento. Embora tal sonho de controle total sobre o cidadão ainda não tenha sido implantado, boa parte dele pulsa e age em segredo, no íntimo da inteligência petista, nos dias que correm.(...). A PF adorou essa ideia (...). Teria acesso a dados da polícia do estado e almejava também os dados da secretaria da Fazenda estadual. A PF com isso nas mãos seria maior que a CIA e a KGB juntas (...). Se esse sonho do Márcio Thomaz Bastos se realizasse, eles teriam acesso, num clique, a todas as informações sobre a carteira de habilitação, carro, imposto de renda, Ministério da Fazenda, nota fiscal paulista... tudo sem ordem judicial. E sob o pretexto de se criar um registro único, para que você não precisasse mais ficar andando com um monte de documentos (...).”

 

Segundo explica o autor, que é delegado de polícia de classe especial, com uma ferramenta dessas seria possível saber com um clique, imediatamente, por exemplo, além de dados do Imposto de Renda, que carro dirige a pessoa pesquisada, se tem multas, e assim, onde transita, e, pelo que menciona como “dados da Fazenda estadual” até mesmo as compras cotidianas feitas pela pessoa, com programas do tipo “CPF na nota”, que nos é oferecido em farmácias ou supermercados. Seria possível, em tese, saber até mesmo os medicamentos que a pessoa compra, se é diabético, as enfermidades de pessoas da família, qualquer coisa.

 

Sem dúvida, com a possibilidade de tal poder sem ordem judicial, o Estado de Direito ficaria bastante comprometido com o uso político de um sistema como o descrito.   

   

A democracia correria risco.

NATAL EM NOSSOS CORAÇÕES

por Luciane Santana Ebre Faria

O nascimento de Jesus na "Manjedoura" de Belém é a realização mais sublime do amor que Deus nos tem: "Deus tanto amou o mundo que nos deu o seu próprio Filho" (Jo 3,16). E São João reafirma: "Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele" (1 Jo 4,9). É a proclamação da Nova Aliança de Deus com o seu povo, como Jesus nos lembra:"Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas me preparaste um corpo" (Hb 10,5). E São Paulo sublinha:''Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu próprio Filho, nascido de uma mulher" (Gl 4,4).  No Natal de Cristo "surge para toda a humanidade a esperança da verdadeira vida e felicidade porque a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontra no seu Senhor e Mestre", que agora faz parte da nossa história. Nos desígnios de Deus o Natal de Jesus tem, para Maria, uma significação única. "A bem-aventurada Virgem, predestinada, desde toda a eternidade, junto com a encarnação do Verbo divino, para ser Mãe de Deus, foi na terra, por disposição da divina Providência, a Mãe do Redentor divino, mais que ninguém sua companheira generosa e a humilde escrava do Senhor". Toda mãe, no nascimento de um filho, sente uma grande alegria por haver nascido um homem no mundo. Maria, no entanto, sabia que aquela criança deitada nas palhas da manjedoura, seu filho, era o "Filho do Altíssimo" (Lc 1,32). No seu íntimo se misturavam, como num só sentimento, o amor de mãe e a adoração da humilde serva. Santo Agostinho comenta: "Jesus veio por meio de uma mulher que foi sua mãe, Ele que é Deus e Senhor do céu e da terra.  Enquanto Senhor do mundo, Senhor do céu e da terra, é certamente Senhor também de Maria; enquanto Criador do céu e da terra, é Criador também de Maria. Mas, enquanto gerado de uma mulher, é filho de Maria". No Natal se demonstra a excepcional grandeza de Maria, pois só Ela pode dizer a Jesus o que o Pai lhe diz desde toda a eternidade:"Tu és meu filho"(Hb 1,5). Mas, em seu olhar de fé, Maria via mais longe. Sabia que esse filho fora enviado por Deus para "salvar o povo de seus pecados" que deveria ser o "primogênito entre muitos irmãos. Por isso, ao abraçá-lo e beijá-lo, sente-se mãe solícita que deverá acompanhar carinhosamente "todos os irmãos de seu Filho que ainda peregrinam rodeados de perigos e dificuldades, até que sejam conduzidos à feliz Pátria". Por isso, o Natal de Cristo e de Maria é também o nosso Natal, a comemoração de nosso nascimento em Cristo e por Cristo. E no nosso Natal, como no de Cristo, é indispensável a presença de Maria. Apesar de todas as tristezas vividas, sofrimentos inevitáveis, não deixemos que a Luz de Cristo seja ofuscada, pois somente Ele, renascendo em nossos corações, poderá nos dar força e coragem para seguir em frente! Viva o Menino Jesus! Viva cada coração que o acolhe! 
 

Um santo e abençoado Natal a todos! Amém!

 

ESTAMOS BEM. ESTAMOS?

por Enio Meneghetti

Já não é de hoje a avalanche de propaganda do governo federal tentando nos mostrar um Brasil virtuoso de prosperidade e desenvolvimento.


Tal abordagem chega até nós não só nas criações dos mega-marqueteiros oficiais como também pela mídia chapa branca, que gravita em torno das gordas verbas publicitárias federais.


A dívida brasileira, que há 10 anos era de cerca de R$ 600 bilhões é hoje superior aos R$ 2,2 trilhões. Lembram da empáfia de Lula dizendo que havia pago o FMI? Marketing. Porque ao realmente pagar o FMI, desde então os juros pagos para a rolagem da dívida interna, trocada pela dívida que o Brasil tinha com o FMI, são muito mais elevados daqueles que o país pagava ao organismo de socorro internacional.


A avalanche de gastos governamentais começa com o número indecente de ministérios. Embora a cada dia sinais demonstrem que o dinheiro está escasso, o governo segue portando-se como "rico", sem o ser.


Recententemente a revista Veja trouxe matéria em destaque apresentando o perdão brasileiro para a dívida dos países africanos. "Dívida antiga", dirão alguns. "Nunca seria paga", diriam outros. Infelizmente, a parte oculta dessa camaradagem pode ser bem outra. Atrás dos US$ 840 milhões perdoados estaria a necessidade do governo de ajudar empreiteiras amigas, num negócio que traria verba para a campanha de 2014, aponta a revista: "Foi o pragmatismo eleitoral, mais do que a solidariedade aos povos sofredores, que orientou a decisão da presidente Dilma de perdoar a dívida dos países africanos. A questão é que empreiteiras, mineradoras e produtoras agrícolas querem atuar nesses países com financiamento do BNDES. Ocorre que a legislação impede a concessão de benefícios a nações com dívidas atrasadas junto ao Brasil. Ao abrir mão da cobrança dos débitos, medida que ainda precisa ser aprovada pelo Senado, o governo pretende remover essa barreira – e deixar o caminho livre para as empresas amigas" - disse a matéria. (Senado, estamos de olho).


Para quem acha que esse negócio de compadre é feito somente com países em dificuldades, não custa lembrar que o comportamento perdulário de nosso país não se limitou a esse caso. Além da montanha de dinheiro que o BNDES empatou nas empresas do megalomaníaco Golden-Boy do petismo, o festejado Eike Batista, a direção da joia da coroa, a "nossa" Petrobras ainda não explicou a compra suspeita de uma refinaria sucateada em Pasadena, no estado americano do Texas.


A refinaria comprada pela Petrobras é um dos mais malsucedidos negócios que se tem notícia. Em 2006, a Petrobras comprou 50% de uma refinaria velha e sucateada. A estatal brasileira enterrou em Pasadena cerca de 1,18 bilhão de dólares. Quando decidiu vendê-la, a única oferta recebida foi de cerca de 180 milhões de dólares, um décimo do investimento feito. Dentro da própria estatal, há quem sustente que não pode ter sido mero "erro de cálculo".

A compra da refinaria tem tudo para se tornar mais um mega escândalo.

O governo tem usado claramente a Petrobras com fins políticos desde o começo da atual gestão. Vem segurando preço do combustível numa busca desesperada de conter a inflação. Esse preço artificialmente baixo penaliza diretamente os acionistas da Petrobras. A empresa já não dá conta do gigantesco plano de investimentos. O resultado tem sido a atrofia de valor da Petrobras. Segundo analistas, o aumento dos combustíveis recentemente autorizado não eliminou a defasagem de preços. E as ações da estatal despencam. Já caíram 45% em apenas 3 anos, desde o começo da gestão Dilma Rousseff, resultado visível do uso político da estatal.

E fica tudo por isso mesmo, com o prejuízo sendo arcado pelos sócios da Petrobras. Como se sabe, o maior deles é o governo. Ou seja, a conta é enviada para nós, cidadãos brasileiros.


Esse é só um dos muitos exemplos que poderiam ser usados para demonstrar o que a propaganda oficial não revela.


O clima de euforia criado pelo marketing oba-oba do governo federal tem por objetivo estimular o consumo via endividamento das famílias brasileiras e manter alta a arrecadação. Desta forma, o endividamento já atingiu o patamar recorde de 45,1%, segundo informações do próprio Banco Central. Segundo economistas, a elevação do endividamento das famílias deve-se ao fraco crescimento da economia, que gera expansão menor da renda. Com o aumento da inflação, que vem corroendo o poder de compra, cresce a busca por novos empréstimos.


É o velho “se correr o bicho pega. Se parar, o bicho come.” A realidade é muito mais dura do que nos querem fazer acreditar.

 

DÚVIDAS FREQUENTES DE PORTUGUÊS

por Ana Martha Focaccia

horas “extra” ou horas extras ?
  

As pessoas fazem horas extras, vôos extras e leem edições extras. A palavra varia normalmente no plural.
   Até a próxima edição, queridos leitores!
 
“extra-terrestre” ou extraterrestre?
  

O prefixo extra- só exige hífen de palavras iniciadas por a (extra-amazônico) ou por h (extra-humano). Portanto, sem hífen: extraclasse, extraconjugal, extrajudicial, extramatrimonial, extraprograma, extrasenssorial, extraterrestre, extraventricular, etc.
     
Até a próxima, queridos leitores!

 

O E-SOCIAL. ATENÇÃO EMPRESÁRIO

por Cezar Teixeira

Em crédito ao trabalho desenvolvido de apoio ao empresário na área tributária me atrevo a escrever sobre assunto ainda não muito definido, mas que no curtíssimo prazo estará batendo à porta do empresariado de todos os setores da economia. Trata-se do  e-Social previsto para iniciar em 2014.
Empresário, já pensou nisto? Sabe o que é? Pois bem, o e-Social é um Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas. É parte de o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), tendo sido criado por meio de Decreto de n° 6.022/2007 como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Compõem a implementação já iniciada de três grandes projetos que são a Escrituração Contábil Digital, a Escrituração Fiscal Digital e a NF-e. A finalidade, pelo menos dita pelo governo foi a de abranger em um único aplicativo toda a escrituração da folha de pagamento, a garantia dos direitos trabalhistas de acordo com a legislação e o pleno controle por parte da fiscalização das obrigações dos empregadores.
Vejam que os objetivos são claros. Acresceria mais um. O cruzamento de informações pela RFB. É aí que reside, no meu entender, o grande objetivo deste programa. O cruzamento de informações. Assim o Fisco poderá com maior facilidade identificar inconsistências nas declarações de empresas.
Daí o alerta deste tributarista. Primeiro que o empresário se adapte no mais curto prazo às novas determinações. Segundo que fique alerta com as informações fornecidas, pois a fiscalização por meio do cruzamento de dados poderá ser prova em possíveis demandas judiciais.
O sistema veio para facilitar? Creio que sim. Ainda é cedo para emitir um parecer mais conclusivo. Mas fica uma certeza. Aumentará o controle do Estado perante o cidadão empresário. Portanto aconselhamos que este empresário se informe sobre o sistema previsto para iniciar em breve, pelo menos para empresas do Lucro Real. Mas não se enganem quem pensa que por ser micro ou pequena empresa estará salvo de tal fiscalização. Será apenas uma questão de tempo. Aguardemos. Até breve.

 

FINAL DE ANO

por Jackson Busato

Todo final de ano retorna o dilema sobre como melhor aproveitar o décimo terceiro. Este reforço de renda a que o trabalhador formal tem direito a cada fim de ano se transforma na alegria e alívio do lojista e do fabricante, uma vez que embora tenham seus faturamentos engordados, tem também sua folha de pagamentos mais pesada justamente em função do 13º, sem contar outros gastos de fim de ano, entre presentes, festas e achaques. Ocorre que presentes , festas e achaques não são exclusividade do empresário. Todos, e de uma forma mais contundente os cristãos, são vítimas da fúria do Papai Noel e do mau humor dos parentes não contemplados com os melhores presentes. Mesmo aqueles que não professam esta fé, como judeus e muçulmanos, não estão imunes aos apelos da publicidade, principalmente as crianças. Então, essa nossa conversa sobre décimo terceiro salário, serve para todos. O marketing de natal é muito forte e procura nos pegar pelo lado sentimental. Fica muito difícil trancar o bolso na hora do presente do filho ou da namorada nova de quem passou o ano correndo atrás. Mas consumidor sentimental tem a peculiaridade de emocionar-se duas vezes. Em Março ele vai chorar de novo, porque junto com o material escolar, impostos, IPVA, gastos de férias, estarão vencendo aquelas comprinhas de natal com cheque pré-datado para 90 dias da promoção “imperdível”. Março é o mês com a maior inadimplência do ano. E veja só os campeões: 1º lugar: Cheques-pré-datados 2º lugar: Cartões de crédito e financeiras 3º lugar: Bancos Realmente é emocionante. Mas é aí que entra o 13º salário. Use-o para tornar sua vida mais tranquila de agora em diante. Coloque as prioridades:

1. Pagar dívidas pendentes

É inconcebível rolar as dívidas existentes e usar este caixa extra para comprar mimos de natal. Os juros no Brasil são exorbitantes, não importa em que modalidade seja a dívida. Se for um cheque especial ou cartão de crédito, pior ainda. Essas taxas chegam a 10% ao mês no caso do cartão e 8% ao mês no cheque especial. Veja o que acontece se você ficar devendo R$ 1.000,00 durante um ano no cheque especial. Os juros acumulam em 157% e os mil reais que você pegou emprestado viram R$ 2.571,00. O rotativo do cartão lhe proporciona juros de 224% ao ano. Assim, a menos que você já esteja naquela fase de rasgar dinheiro, coloque seu 13º a serviço da racionalidade. Não esqueça de pagar primeiro as dívidas com juros mais altos e que não tenha como barganhar, provavelmente serão as que poderão lhe dar problemas de crédito. As que for possível barganhar,barganhe, ainda mais com dinheiro na mão, mas pague, mesmo que uma parte a cada credor. Se você tomou um dinheirinho emprestado do seu cunhado, por exemplo, dê o ar de sua graça e alcance algum por conta do papagaio informal, afinal , cunhado não é parente, não tem o seu sangue mas tem memória. Você pode precisar de novo e esse tipo de crédito caseiro sempre pode salvar.

2. Reservar para as despesas de início de ano É importante deixar uma reserva para fazer frente aos gastos que virão no início do ano letivo. Nesta fase chegam as despesas com material escolar, para quem estuda ou tem filhos que estudam. É o momento de pagar IPVA, IPTU e se puder pagar à vista , os descontos são realmente compensadores, em torno de 20%. Provavelmente haverão despesas de férias, entre outras. Se você não tinha dívidas, ou depois de saldá-las sobrou alguma parte do seu 13º, use-o prevenindo estas despesas, garantindo que não precisará torturar e esticar seus próximos salários ou pior, endividar-se em função disto, caindo na roda viva dos juros altos.  

3. Poupe e invista

Se depois de pagar as dívidas e fazer a previsão para os gastos do início do ano houver ainda algum caixa, pense em colocar este recurso para render. Como nem sempre temos à mão o que precisamos para comprar um bem de maior valor que queremos, o 13º vem ajudar na realização do sonho, sem que precisemos lançar mão de crédito a juros altos. Se não pelo sonho, o investimento é mais do que válido pela segurança que proporciona.

4. Papai Noel

Algumas pessoas tem pavor do natal. Desde que esta festa distanciou-se de sua original razão para tornar-se uma festa do consumo, não raro transforma-se mais num transtorno do que num momento de reflexão em que comemora-se o nascimento do Cristo. Essa função toda em torno de presentes e exigências novas que viram tradição de um ano para o outro geram um stress coletivo que muitas vezes transborda na noite de natal. Não é à toa que um enorme número de pessoas entram em depressão, sendo uma das datas de maior ocorrência de suicídios. Muitos podem definir o natal como “Dois meses de expectativa para uma noite em que nos reunimos com os parentes para reabrirmos velhas feridas e passarmos outros seis meses lamentando as prestações”. Credo, não será exagero? É preciso relevar, afinal o que vale é a intenção. Enquanto não se chega a um patamar razoável, o melhor é ir devagar. Reserve uma parte pequena para comprar os presentes indispensáveis. Estabeleça um limite e um critério. O natal é a época em que a gente compra o que não pode para receber em troca o que não precisa. Evite as trocas de presentes desnecessárias. Mesmo em família estabeleça o “Amigo oculto”. Não faça dívidas para comprar presentes. Comprar à vista deve ser o mantra do consumidor. Se não tem dinheiro, a não ser em caso de doença, espere ter o dinheiro para gastar. Eu sei que tudo isso pode parecer muito chato e calculista, mas em algum momento essa loucura terá que parar e voltaremos a ter simplesmente o Natal.

 

 

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